terça-feira, 16 de dezembro de 2008
“Trabalho Escravo”.....Case muito legal!
Campanha Trabalho Escravo
Agência: Genius Publicidade
Criação: Marcelo Brito e Afro Stefanini II
Problema:
As peças que você verá logo abaixo foram criadas para uma das campanhas de maior desdobramento de 2008 da Genius Publicidade. O grave problema do trabalho escravo ou de condições degradantes de trabalho é uma epidemia em Mato Grosso. Nosso estado é um dos mais atingidos. O ministério Público Estadual e MP do Trabalho decidiram iniciar uma campanha na luta contra o trabalho escravo, pelo trabalho decente. O disk Denúncia recebia apenas de 8 a 12 ligações por mês e o trabalho prático de fiscalização tinha muita dificuldade por conta desse medo de denunciar , dessa omissão. Era necessário mexer com os valores de toda sociedade, chamar a atenção para um problema que fica na periferia dos centros urbanos, mas que não sensibiliza e quase nunca recebe o devido cuidado.
Estratégia:
Mato Grosso é um estado enorme. Uma extensão territorial que cabe 5 Reinos Unidos, ou mais e por isso mesmo, precisa ser fiscalizado em todos os pontos. A campanha a principio nos pareceu clara: tínhamos que falar do trabalho escravo, com as correntes e coisas do tipo...dizer que isso não acabou, etc, etc, etc...mas não era nada disso. Era muito mais ! Em sucessivas reuniões com os Ministérios Estadual e do Trabalho, percebemos que o trabalho escravo hoje é bem mais traiçoeiro e prejudicial...isso mesmo acredite...hoje é bem pior! Antes os homens eram claramente tratados como animália, mas muitos deles tinham valor comercial, de troca e por isso não podia faltar comida, atendimento médico, abrigo e tudo que de certa forma mantivesse a "mercadoria" como os negros eram tristemente considerados. Hoje é pior porque existem tantas pessoas suplicando trabalho, tanta mão de obra que muitos fazendeiros punem, matam, desprezam, humilham, enganam, roubam, porque sempre tem mais gente para pôr no lugar. A tarefa era portanto mostrar para toda sociedade, qual é a nova cara do trabalho escravo e não apossar da simbologia das correntes, da senzala, do tronco, isso não colocaria em evidência um problema muito pior, que é a falta de valorização pela criatura humana. As mídias convencionais (TV, Rádio) e os cartazes em todos os locais públicos, escolas, repartições, polícia rodoviária, rodoviárias, foram espalhadas em todo MT.
Solução:
Criamos uma campanha pautada no pressuposto de que uma imagem vale mais que mil palavras. E nada choca mais a vida do que a morte. E nada fala mais da morte do que a cova. E trabalho escravo leva na prática muitas pessoas à cova. Então a idéia foi através desse simbolismo (cova) provocar as pessoas para verem uma dura realidade: tem gente morrendo, gente precisando da gente, essa é a realidade que você precisa conhecer. Para reforçar a campanha com realismo, inserimos fotos reais , tiradas pelo MP na hora das apreensões ou prisões.
Resultado:
* De 12 ligações mensais o disk denúncia pulou para cerca de 40 ligações em 20 dias de campanha.
* A campanha provocou fortes reflexões em toda classe rural de Mato Grosso e as entidades rurais pediram ao Ministério Público para participar de uma outra campanha de apoio a esta primeira, também criada por nós, intitulada: Trabalho Escravo, não aceitamos. Junte-se a nós. Uma campanha assinada em parceria com Ministério Público e entidades rurais (um feito histórico no estado)
* A campanha repercutiu e por conta das várias matérias jornalísticas que como avalanche começaram a aparecer na mídia sobre o tem TRABALHO ESCRAVO, o MP Estadual e o MP do trabalho resolveram em parceria com o sindicato de jornalistas lançar o Prêmio Nacional de Jornalismo de Combate ao Trabalho Escravo Dom Pedro Casaldáliga.
* A campanha cresceu e logo recebemos a notícia que os MP de outros estados também queriam participar da nossa campanha. Enviamos todo material publicitário para 10 estados do Brasil e adaptamos especialmente a campanha para o Maranhão, onde os graves problemas estão nas carvoarias.
* Colocamos a campanha na disputa do prêmio nacional da ANJ e ganhamos prata, vencendo grandes estados como Minas, Goiás, Espírito Santo.
* A campanha entrou no vestibular 2008 da Universidade Federal de Mato Grosso.
Agência: Genius Publicidade
Criação: Marcelo Brito e Afro Stefanini II
Problema:
As peças que você verá logo abaixo foram criadas para uma das campanhas de maior desdobramento de 2008 da Genius Publicidade. O grave problema do trabalho escravo ou de condições degradantes de trabalho é uma epidemia em Mato Grosso. Nosso estado é um dos mais atingidos. O ministério Público Estadual e MP do Trabalho decidiram iniciar uma campanha na luta contra o trabalho escravo, pelo trabalho decente. O disk Denúncia recebia apenas de 8 a 12 ligações por mês e o trabalho prático de fiscalização tinha muita dificuldade por conta desse medo de denunciar , dessa omissão. Era necessário mexer com os valores de toda sociedade, chamar a atenção para um problema que fica na periferia dos centros urbanos, mas que não sensibiliza e quase nunca recebe o devido cuidado.
Estratégia:
Mato Grosso é um estado enorme. Uma extensão territorial que cabe 5 Reinos Unidos, ou mais e por isso mesmo, precisa ser fiscalizado em todos os pontos. A campanha a principio nos pareceu clara: tínhamos que falar do trabalho escravo, com as correntes e coisas do tipo...dizer que isso não acabou, etc, etc, etc...mas não era nada disso. Era muito mais ! Em sucessivas reuniões com os Ministérios Estadual e do Trabalho, percebemos que o trabalho escravo hoje é bem mais traiçoeiro e prejudicial...isso mesmo acredite...hoje é bem pior! Antes os homens eram claramente tratados como animália, mas muitos deles tinham valor comercial, de troca e por isso não podia faltar comida, atendimento médico, abrigo e tudo que de certa forma mantivesse a "mercadoria" como os negros eram tristemente considerados. Hoje é pior porque existem tantas pessoas suplicando trabalho, tanta mão de obra que muitos fazendeiros punem, matam, desprezam, humilham, enganam, roubam, porque sempre tem mais gente para pôr no lugar. A tarefa era portanto mostrar para toda sociedade, qual é a nova cara do trabalho escravo e não apossar da simbologia das correntes, da senzala, do tronco, isso não colocaria em evidência um problema muito pior, que é a falta de valorização pela criatura humana. As mídias convencionais (TV, Rádio) e os cartazes em todos os locais públicos, escolas, repartições, polícia rodoviária, rodoviárias, foram espalhadas em todo MT.
Solução:
Criamos uma campanha pautada no pressuposto de que uma imagem vale mais que mil palavras. E nada choca mais a vida do que a morte. E nada fala mais da morte do que a cova. E trabalho escravo leva na prática muitas pessoas à cova. Então a idéia foi através desse simbolismo (cova) provocar as pessoas para verem uma dura realidade: tem gente morrendo, gente precisando da gente, essa é a realidade que você precisa conhecer. Para reforçar a campanha com realismo, inserimos fotos reais , tiradas pelo MP na hora das apreensões ou prisões.
Resultado:
* De 12 ligações mensais o disk denúncia pulou para cerca de 40 ligações em 20 dias de campanha.
* A campanha provocou fortes reflexões em toda classe rural de Mato Grosso e as entidades rurais pediram ao Ministério Público para participar de uma outra campanha de apoio a esta primeira, também criada por nós, intitulada: Trabalho Escravo, não aceitamos. Junte-se a nós. Uma campanha assinada em parceria com Ministério Público e entidades rurais (um feito histórico no estado)
* A campanha repercutiu e por conta das várias matérias jornalísticas que como avalanche começaram a aparecer na mídia sobre o tem TRABALHO ESCRAVO, o MP Estadual e o MP do trabalho resolveram em parceria com o sindicato de jornalistas lançar o Prêmio Nacional de Jornalismo de Combate ao Trabalho Escravo Dom Pedro Casaldáliga.
* A campanha cresceu e logo recebemos a notícia que os MP de outros estados também queriam participar da nossa campanha. Enviamos todo material publicitário para 10 estados do Brasil e adaptamos especialmente a campanha para o Maranhão, onde os graves problemas estão nas carvoarias.
* Colocamos a campanha na disputa do prêmio nacional da ANJ e ganhamos prata, vencendo grandes estados como Minas, Goiás, Espírito Santo.
* A campanha entrou no vestibular 2008 da Universidade Federal de Mato Grosso.
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